sábado, 25 de setembro de 2010

16º Capitulo

Entrei no carro com o David e durante toda a viagem o silêncio fez-se ouvir, só haviam olhares, olhares que diziam tudo. Por mais estranho que pareça era a primeira vez que ia dormir a casa do David, já lá tinha ido jantar, passar serões a ver filmes, a namorar, mas nunca lá tinha dormido.
Entrámos em casa e eu pus a minha mala no cabide do hall de entrada, só tirei o meu telemóvel. E o David agarrou-me logo pela cintura e começou a beijar-me, eram beijos quentes, mas sempre com a doçura dele. Correspondi-lhe. Começámos a andar para a sala enquanto nos beijávamos e quando lá chegamos "atirámo-nos" para o sofá, consegui esticar o braço e pousar o telemóvel na mesa, as nossas respirações estavam cada vez mais aceleradas. Ele começou a pôr uma mão por baixo da minha camisola e eu comecei a tirar-lhe a dele.
Quer mesmo isto? - perguntou ele por entre os beijos.
Sim, és tu que quero. - respondi-lhe com um leve sorriso.
Ele tirou-me a camisola e levantou-se, pegou-me ao colo e fomos para o quarto. Ele era perfeito, foi tudo tão bom. Acabámos por adormecer, adormeci com a cabeça no peito dele, sentia-me segura, protegida. Mas quando acordei estava sozinha naquela cama enorme, levantei-me e fui até à cozinha, o David estava lá a preparar o pequeno-almoço. Estava tão entretido que nem deu por mim. Agarrei-me a ele.
Bom dia amor. - disse-lhe enquanto lhe dava um beijo no ombro.
Bom dia minha princesa, já acordou? Eu estava preparando o pequeno-almoço para lhe levar à cama.
Ai sim? Mas eu posso sempre voltar para lá, não me importo nada, desde que venhas comigo... - sorri-lhe.
Então vai, que eu vou já ter com você. - beijou-me
Voltei para o quarto e enfiei-me novamente na cama, esperei por ele, não demorou muito e lá vinha ele com o pequeno-almoço num daqueles tabuleiros com pernas.
Aqui está o pequeno-almoço, princesa.
Ele sabia que eu não gostava de comer torradas de manhã, então fez-me uma salada de frutas e trouxe-me um sumo com umas bolachas. A salada ficou para último, pois era uma taça enorme. Com um garfo espetei um morango e dei uma dentada, o resto dei-lhe a ele. Ele agarrou noutro morango e pôs na boca, ficando metade de fora, era para mim. Depois do morango vieram mais uns beijos. Acabámos a salada e ele pousou o tabuleiro no chão, beijei-o no pescoço e ele deitou-se em cima de mim. As respirações começavam a ficar ofegantes e os beijos quase não nos deixavam respirar, era com ele que queria estar para o resto da vida, mas... o meu telemóvel começou a tocar. O David foi buscá-lo onde eu o tinha deixado na noite anterior e quando ele se levantou reparei que tinha um arranhão enorme nas costas, tinha sido eu na noite anterior. Ele chegou com o telemóvel e sorriu quando mo deu para a mão, era o Fábio.
Bom dia... Sim Fábio estou bem, não é preciso te preocupares... 'Tá adeus, beijinhos.... Também te adoro.
O que queria ele?
Para ver se eu estava bem.
Mas porquê, ele não confia em mim não?
Não é isso, mas impressionantemente ele ontem estava com um feeling de que algo ia acontecer entre nós.
A sério? - o David ficou como que assustado.
Sim amor, mas não te preocupes!! Olha e desculpa por esse arranhão. - dei-lhe um beijo na bochecha.
Não me importava nada de estar todo arranhado para ter mais momentos daqueles consigo.
Ai sim?
Sim, eu te amo, você sabe Sofia?
Não por acaso nunca me tinhas dito...
Eu te amo, eu te amo, eu te amo... - levantou-se e abriu a janela do quarto - EU AMO ESTA MULHER - gritou ele.
Oh David estás doido?
Estou doido por você.

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