sábado, 9 de abril de 2011

51º Capitulo

Parámos de nadar, mas eu naquela zona já não tinha pé.
David eu aqui não tenho pé, temos de ir mais para trás. - reclamei.
Vem cá. Que refilona cê me saiu. - puxou-me para ele e beijou-me. - Então veja lá se se afoga. - realmente com ele a agarrar-me ficava muito melhor
Que piada oh zuca. - ripostei.
Ele apertou-me mais contra o seu corpo e enterrou a sua cara no meu pescoço, ia me dando pequenos beijos, que me faziam soltar pequenas gargalhadas. Parou e olhou para mim, sorriu. Eu fiquei hipnotizada com o seu olhar, aqueles olhos verdes tiravam-me do sério, o olhar dele era tão verdadeiro... E transmitia-me tanta segurança. Comecei por lhe dar pequenos beijos no rosto, até chegar à sua boca. Finalmente os nossos lábios juntaram-se e as nossas línguas, essas dançavam num ritmo apaixonado e vibrante. Já se entendiam na perfeição, já se conheciam a 100%. As minhas pernas rodearam o tronco do David, como se o quisessem prender para o resto da vida, o desejo apoderava-se de nós. A água fazia os nossos corpos balançarem e por breves momentos esquecemos a presença de qualquer pessoa naquela praia. Os caracóis molhados do David, por vezes, faziam pequenos salpicos de água pousar sobre o meu rosto, o gosto salgado dos nossos lábios dava sabor àquele momento. O desejo que nos consumia era incontrolável e embora estivéssemos num sitio publico naquele momento só existíamos nós. Se era do clima, do calor?! Quem saberia? Apenas de uma coisa tínhamos a certeza, mais do que a relação carnal presente naquele momento, havia amor. As mãos do David pousaram sobre as fitas que prendiam a parte de cima do meu biquíni ao meu corpo.
David.. - hesitei perante a acção dele. Ele beijou-me.
Cê sabe uma coisa? Te amo, te amo, te amo. - Sorri e beijei-o. Qual não é o meu espanto quando olho para a beira-mar e vejo o Ruben como se estivesse à procura de alguém.
E cê sabe uma coisa? - o David acenou que não esperando uma declaração como a que me tinha feito segundos antes. - Alguém anda nos procurando. - e com o olhar indiquei-lhe a direcção do Ruben.
Não acredito toda a gente nos interrompe hoje.
Pois é. Mas de manhã safaste-te ou não?
Safei sim. - olhou-me com um sorriso malandro e beijou-me novamente cheio de paixão.
Agora é melhor irmos porque o Rúben me parece um bocado desorientado.
Vamo' lá então.
Nadámos finalmente na direcção do Rúben, que parecia uma barata tonta a olhar para todos os lados. Quando chegámos perto dele fomos alvo de algumas perguntas, mas arranjámos uma desculpa para termos ido para tão longe. O Rúben como se queria despachar, porque tinha deixado a Matilde sozinha na toalha nem ligou mais ao assunto. Quando chegámos perto das toalhas estava a Matilde, deitada de barriga para baixo, a torrar ao sol. Não pensei em mais nada e torci o meu cabelo, de modo a que a água que estava incorporada nele saísse, para cima das costas dela. Num acto irreflectido e sem se lembrar de que estava num sitio público a Matilde soltou um grito e deixou toda a gente a olhar para nós. A nossa mais valia era o facto de ali os nossos namorados não serem assim tão conhecidos.
Ai Sofi Maria nem sei o que te faço... - ralhava ela.
Não fazes nada. - respondi-lhe ao mesmo tempo que lhe deitava a língua de fora em jeito de provocação.
Bem minha gente e irmos almoçar não? - perguntou o Ruben.
Me parece boa ideia. - assentiu o David.
Sim por mim é na boa. Está a apetecer-me uma saladinha. - disse eu.
Então bora lá. - disse a Matilde já pegando na mala e na toalha para se ir embora.
Acabámos por almoçar uma coisa bem leve, com o ambiente que estava e com o calor que se fazia sentir não tínhamos vontade de comer mais nada. Depois voltámos para a praia, aquele foi um dia totalmente dedicado ao bronze.
Como cê fica gata de biquíni. - sussurrou-me o David, enquanto a Matilde e o Ruben tinham ido dar um mergulho.
Tu hoje deves querer festa, deves, deves.
É não importava nada, não. - beijou-me o ombro despido. Virei-me de barriga para cima, encarando-o.
Andas muito fresco David Marinho.
É desse calor todo. - No seu rosto desenhou-se um sorriso malandro, encostou os nossos narizes e numa fracção de segundos os nossos lábios estavam unidos. Ri-me e ele rolou de forma a eu ficar por cima dele. - Amo-te. - declarou.
Também te amo meu brasuca. - dei-lhe um beijo na ponta do nariz. - Mas é melhor nos deixar-mos destas coisas aqui.
Ele sorriu e voltámos a sentar-nos nas toalhas. O sol estava-se a pôr. O David puxou-me para perto dele e eu sentei-me entre as suas pernas. Quando olhámos reparámos que a Matilde e o Rúben se aproximavam. Sentaram-se tal e qual como nós, as mãos do David rodearam a minha cintura e a felicidade preencheu-me o corpo. Eu e a Matilde entreolhámo-nos e sorrimos. Ficámos assim até o sol se acabar de pôr. Uma imagem de puro amor e amizade para acabar a tarde.
Voltámos a casa, tomamos banho e fomos jantar com a família do David. Tínhamos combinado ir sair depois de jantar com a Isabelle e com o Gustavo. Assim que acabámos de jantar voltei para o quarto, pois após o banho tinha vestido uma roupa simples e confortável, agora tinha de me ir preparar para sair. Optei por um vestido que embora mais chique era leve e confortável. O cabelo deixei-o secar ao natural e limitei-me a pôr um gancho com uma flor, o que dava um ar muito mais fresco ao look.
Estás uma gata Sofi
Obrigada amor. Tu também estás linda.
Voltámos as duas para a sala onde todos já nos esperavam. O Gustavo que entretanto já tinha chegado ficou de boca aberta quando me viu.
Sofia você está linda, meu Deus. - dei-lhe um beijinho e um abraço, pois já há muito tempo que já não o via. - Como você mudou...
Obrigado Guga, mas não mudei assim tanto. - sorri-lhe e dirigi-me para os braços do David.
Reparei no seu olhar que não tinha achado grande piada ao comentário do Gustavo e embora fossem os melhores amigos aquilo tinha-lhe caído um bocado mal. Acabámos por sair e ir até um bar que ficava na praia e que tinha música ao vivo.
Isto é mesmo Brasil. - comentou o Ruben quando entrava no bar já meio a dançar.
Fiestaaa. - juntei-me ao Ruben.
É impressão minha ou estamos sendo trocados. - ouvi o David dizer à Matilde.
Deve ser só impressão. - respondeu a Matilde soltando uma gargalhada.
Fomos ao balcão pedir bebidas e rapidamente demos por nós no meio da pista de dança. Foi dançar até não poder mais. Já me começavam a doer os pés e por isso fui-me sentar um pouco. Passados poucos segundos o Gustavo já estava sentado ao pé de mim.
Parabéns, cê dança muito bem.
Obrigado. - sorri. - Mas já devias conhecer este meu talento. - brinquei.
Fiquei conhecendo hoje.
O David continuou na pista a mostrar os seus dotes de sambista e, pelo menos uma vez, eu vi-o a olhar para mim e para o Gustavo, mas continuou como se nada fosse. Esta atitude dele deixou-me feliz, afinal de contas eu tinha percebido o desconforto dele com o comentário do Guga no inicio da noite, e agora ela tinha-se controlado. Depois de "descansar" voltei à pista de dança. Puxei o David e beijei-o.
Obrigado.
Obrigado de quê? - ficou confuso.
Apenas voltei a beijá-lo e dançámos durante mas algum tempo. Quando finalmente nos cansámos decidimos voltar para casa. E uma longa noite ainda nos esperava.

Como irá correr a noite?

Desculpem ter estado tanto tempo sem postar, mas tem sido muito complicado ultimamente vir à net, mais uma vez desculpem. Espero que não tenham desistido e que continuem a comentar.
Espero que gostem.
Beijinhos :)