terça-feira, 21 de dezembro de 2010

36º Capitulo

Estava entre ele e a parede, enrolada a uma simples toalha. O que eu lhe disse era a mais pura das verdades, estava vidrada nos abdominais dele, nunca pensei ter um homem tão perfeito a meu lado, ou melhor, nunca pensei que existisse um homem tão perfeito. Ele pressionava, cada vez mais, o meu corpo contra a parede, as mãos dele agarraram firmemente a minha cintura e eu, sem escapatória possível, com os meus braços juntos ao corpo cerrei os punhos, de modo a não ceder à tentação que era passar as minhas mãos pelos seus abdominais. Ia ver quem era a fraquinha. Levantei a cabeça e olhei-o nos olhos, ele sorriu de forma provocadora e beijou-me os lábios, eu nada fiz, voltou a olhar para mim, continuei parada esboçando apenas um leve sorriso. Começou a beijar-me o pescoço, eu abri as mãos e encostei-as à parede, não podia dar parte fraca, as mãos dele subiram e eu rapidamente agarrei a toalha. Ele parou de me beijar e afastou-se um pouco.
Então que se passa? - perguntou-me ele com a desilusão vincada no rosto.
Não se passa nada, estava só a ver quem era a fraquinha. - sorri de forma vitoriosa.
Ah era só isso?
Sim. - respondi abanando a cabeça.
Então me desculpe, mas vai ficar provado que você é fraquinha. - deu uma entoação diferente à palavra fraquinha.
Dito isto ia voltar a beijar-me, mas os meus reflexos não me deixaram mal e consegui fugir. - Lamento mas não vai ficar nada provado. - disse-lhe enquanto me ria. Continuava a agarrar na toalha e desatei a correr para o quarto, não podia ver novamente os seus abdominais perfeitos senão ainda caía na tentação. Ele ainda correu atrás de mim, mas pela primeira vez não me conseguiu alcançar. Entrei no quarto e fechei a porta.
Não faz isso comigo. - implorou ele do lado de fora do quarto.
David, amor, tu é que disseste que eu era fraquinha. - respondi eu de maneira triunfante do lado de dentro.
Retiro tudo o que disse, agora pare de me sacanear.
Não há volta a dar e para além do mais eu ontem disse-te que só voltaria a arrasar contigo daqui a um mês, quero ver o meu clube a ser campeão. - expliquei-lhe controlando o meu riso.
Se quer assim... Vou embora fazer o pequeno-almoço. - respondeu ele.

(2 min. depois)

David podes mesmo ir embora, não penses que vou abrir a porta, sei muito bem que continuas aí. - disse bem perto da porta.
Fogo Sofia como você me conhece. - disse ele como que derrotado. - 'Tou no ir, agora a sério.
Amo-te - gritei-lhe e ouvi-o a rir.
Vesti-me, pus espuma no cabelo, sequei-o e saí do quarto. Já tinha passado a porta quando voltei atrás, peguei na t-shirt do David e fui directa à cozinha. A mesa já estava posta e ele sentado à minha espera.
Toma. - mandei-lhe a t-shirt.
Para que é isso? - perguntou ele.
Para que é que achas? Para vestires não?
Pois, mas não quero vestir agora.
Mas porquê? Eu acho melhor. - disse-lhe enquanto me sentava.
Você assim não me resiste é?
Não quero é que fiques doente, mas tu é que sabes. - não estava a acreditar ele ia continuar em tronco nu.
Oh a minha namoradinha preocupada. - deu-me um beijo na bochecha.
Pois estou.
Tomámos o pequeno-almoço calmamente, arrumámos a cozinha e dirigimo-nos para a sala. O David, cavalheiro, foi desfazer a nossa cama e disse-me para ir fazer o que quisesse. Não era meu hábito mas aceitei a sugestão dele, se me chegasse muito perto dele corria o risco de ser "fraquinha". Fui me sentar ao computador, fazer uma visitinha ao facebook. O David voltou à sala e sentou-se no sofá a ver televisão.
Olha à bocado estava a falar na tua sogrinha, sabes que ela já me pediu para te levar lá a casa?
Hum sério?
Sim, se calhar devíamos combinar. - esta conversa era feita sem olharmos um para o outro.
Então meu amô eu estou quase vindo de férias, depois marcamos na agenda que acha?
Por mim óptimo.
Bacano, até porque minha mãe está desejando conhece-la.
Ai não me digas isso senão começo a ficar nervosa.
Não precisa, não.
Ele continuava a ver televisão e eu continuava a navegar no facebook, tinha 83 notificações, mas não liguei, pois devia ser por causa da revista, e fui comentar umas fotos de uns amigos. Como sempre eu estava sentada à beirinha da cadeira, foi um hábito que ganhei há já alguns anos e não conseguia deixá-lo. Senti o David levantar-se e vir direito a mim. "É desta que não me safo" pensei. Como eu estava sentada mesmo à beirinha havia espaço suficiente atrás de mim e ele, sem mais demora, sentou-se no espaço existente, os braços dele rodearam a minha cintura. Pousou a sua cabeça no meu ombro.
Está fazendo o quê?
A comentar umas fotos.
Tem 83 notificações não as vê? - perguntou ele curioso.
Oh, não, devem ser por causa da revista e agora não me apetece vê-las, tenho tempo este fim-de-semana para isso.
Como queira.
Ele tinha percebido que eu estava a fazer um esforço enorme para não olhar para ele, as mãos dele passaram para baixo da minha camisola e ele sussurrou-me ao ouvido:
Vai continuar me resistindo assim desse jeito?

Espero que gostem :)
Beijinhos

2 comentários:

  1. quero mais... acabaste na melhor parte... tou super curiosa para ver o proximo capitulo...

    posta mais hoje, por favor...

    continua...

    ResponderEliminar